A expansão de novos empreendimentos de geração de energia esbarra na falta de linhas de transmissão das usinas geradoras até a subestação das distribuidoras.
No último leilão de transmissão, em agosto de 2015, apenas quatro de onze lotes ofertados atraíram investidores, com um deságio de apenas 0,12% sobre o preço teto.
Em 2014, foi registrado o maior crescimento de linhas de transmissão, quase o dobro da previsão para 2015. Em contrapartida, dos mais de 7.000 quilômetros de linhas de transmissão previstos para 2015, apenas 1.225 foram instalados.
No Nordeste, devido à condição hidrológica desfavorável e ao baixo nível dos reservatórios, o uso de fontes alternativas para fornecimento de energia para a região é essencial, especialmente as de fonte eólica (conforme apresentado em outro post do Panorama).
Segundo a ABEEÓLICA, existem cerca de 15 parques eólicos no Nordeste, com 419 MW de potência instalada, que não podem iniciar suas operações por falta de linhas de transmissão. O Rio Grande do Norte é o Estado mais prejudicado, com 11 parques eólicos inoperantes.
Considerando-se um fator de geração de 40%, caso os 419 MW da capacidade instalada dos parques eólicos estivessem sendo gerados, eles representariam 8% da geração térmica por ordem de mérito da região Nordeste.
Post atualizado em 24/09/2015
Em consulta com a ABEEÓLICA, o número de usinas inoperantes por falta de linhas de transmissão foi atualizado, saindo de 101 parques eólicos para 15 parques eólicos.