A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizou em 04/04/18 o 27º Leilão de Energia Nova (LEN A-4). Foi o primeiro leilão realizado no ano e foram contratados 298,7 MW médios de 39 geradoras, dentre elas usinas térmicas movidas a biomassa, eólicas, solares fotovoltaicas e as fontes hidráulicas de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e das Centrais Geradoras Elétricas (CGHs).
As PCHs e CGHs têm prazo de 30 anos para fornecimento, enquanto os demais projetos contratados representam um suprimento de energia de 20 anos, ambos com início a partir de janeiro de 2022, que serão destinados aos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará, Piauí, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. No total, o 27º LEN caracterizou um aumento de 1.381 MW de potência instalada para o mercado.
Josiane Palomino, gerente da área de Gestão de Geradores da Comerc Energia, explica a finalidade dessa ação: “Os leilões de energia nova são uma forma de garantir que o sistema terá potência instalada suficiente para atender às projeções de carga das distribuidoras”.
Energia solar em evidência
O maior destaque ficou para os empreendimentos solares, que representam 76,5% do montante contratado. A participação dos projetos de fonte solar nos certames, aliado à queda de custo de instalação e à mudança da sistemática dos leilões desde o ano passado – que incentivam a competição – influenciou a redução considerável do preço, explica Josiane.
Paralelo a isso, a energia eólica também teve uma análise semelhante, se considerar a redução do custo dos equipamentos.
Além desses fatores, as últimas referências de preço para essas fontes foram os leilões de agosto e novembro de 2015 (22º Leilão de Energia Nova e 8º Leilão de Energia Reserva, respectivamente), quando os preços de negociação observados foram mais altos. Ao longo de 2016 não foram realizadas vendas dessas fontes, que retornaram aos leilões apenas em dezembro de 2017, já com preços menores. Essa tendência de redução já era observada no mercado internacional, porém só conseguimos observá-la no Brasil agora.