O gráfico acima mostra que o Brasil tem uma matriz elétrica predominantemente hídrica, com 66% de capacidade instalada. Entre janeiro de 2014 e abril de 2015, contudo, as chuvas ficaram abaixo da média histórica e o despacho térmico passou de 11.000 para 15.000 MW médios.
Isso resultou em um crescimento do despacho térmico de usinas com custos variáveis unitários (CVU) superiores à geração hídrica, incorrendo no aumento do PLD, conforme mostra o gráfico abaixo.
Em janeiro de 2015, o PLD teto foi reduzido e se manteve no seu patamar máximo de R$388,48/MWh até maio de 2014.
O gráfico abaixo representa apenas o despacho hidráulico por tipo de usina:
O gráfico acima mostra como o despacho hidrelétrico depende em sua totalidade de grandes usinas hídricas, que são responsáveis por 95% de participação no total do despacho hidroelétrico. Esses grandes empreendimentos, contudo, geravam 49.533 MW médios em janeiro de 2014 e passaram para 45.276 MW médios no mesmo período de 2015.
Por outro lado, observa-se o crescimento do despacho térmico no Brasil. Entre agosto e outubro de 2014, o país chegou a gerar 18.000 MW médios de energia elétrica proveniente de usinas térmicas.
O gráfico abaixo representa a geração térmica e eólica:
A maior parte do despacho térmico é proveniente de usinas térmicas a gás que possuem o menor CVU entre as térmicas. No entanto, representam somente pouco mais de 7.000 MW médios de geração.
Outra fonte que se desenvolveu no último ano foi a geração térmica a biomassa, que chegou a mais de 3.000 MW médios entre maio e outubro do ano passado.
A redução das chuvas nos últimos anos reafirma a importância da complementariedade das fontes de energia na matriz brasileira. Deve-se buscar um equilíbrio entre geração de energia com baixo custo e fontes complementares como térmicas a biomassa, eólicas e também a energia solar.