Em 2015, a carga de energia do SIN, verificada pelo ONS, ficou abaixo dos patamares de 2014, salvo o mês de março.
A maior diferença ocorreu em fevereiro quando a carga atingiu recorde em 2014 com 68.484 MW médios. Isso ocorreu em função das altas temperaturas registradas no mesmo período do ano passado, especialmente no Sudeste e Sul, regiões que bateram recordes sucessivos de demanda de energia.A seguir, o comparativo das demandas registradas em 2014 (à esquerda) e em 2015 (à direita):
No ano passado, a demanda máxima registrada ocorreu em fevereiro; neste ano, ocorreu em janeiro, resultando no corte da carga de 20 de janeiro (leia mais aqui). A carga de energia é o consumo médio observado em um período, enquanto a demanda é uma ‘foto’ deste consumo registrado a cada instante.
O gráfico abaixo traz a carga diária registrada pelo ONS entre maio e junho de 2015 em comparação ao mesmo período de 2014. A alternância de picos e vales no gráfico deve-se ao consumo sazonal típico dos finais de semana e feriados, quando a média observada reduz drasticamente.
De maneira geral, a carga relacionada a 2015 para o SIN (curva azul escuro) é inferior à registrada no ano passado em diversas semanas. O gráfico também revela a carga da região Sudeste, responsável pelo maior consumo de energia do País. A curva em vermelho, referente a 2015, está abaixo dos níveis registrados em 2014.
Esta análise diária é importante para monitorar o comportamento da carga a partir do período seco, quando o impacto da temperatura se reduz. Desta forma, é possível observar se a redução da carga está correlacionada à desaceleração econômica.
A próxima revisão quadrimestral da carga será em setembro. A Comerc acompanha diariamente essas variações para se antecipar às novidades antes da data prevista.