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Com consumo de energia aquecido no Brasil, setor de Eletromecânica registra maior alta desde maio 2019

De acordo com Índice Comerc, setor encerrou setembro com alta de 8,7% em comparação a mesmo período do ano anterior, indicando recuperação da produção industrial

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De acordo com Índice Comerc, setor encerrou setembro com alta de 8,7% em comparação a mesmo período do ano anterior, indicando recuperação da produção industrial

No Brasil, o setor industrial é um dos que vêm demonstrado melhor recuperação dos impactos da crise ocasionada pela pandemia de covid-19. Segundo dados da última Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no início de outubro, a indústria brasileira completou em agosto seu quarto mês consecutivo de crescimento, registrando alta de 3,2% frente a julho – mês em que, pela primeira vez na série histórica iniciada em 2002, 25 dos 26 setores apresentaram taxa positiva.

O resultado não elimina a perda de 27% acumulada em março e abril, reflexo dos efeitos iniciais do isolamento social, mas mostram uma recuperação importante – e que deve seguir aumentando até o fim do ano.

Essas previsões se mantêm em setembro, de acordo com dados do Índice Comerc, que apura o consumo de energia nos 11 principais setores da economia. O setor de Eletromecânica – que contempla a produção industrial de diferentes itens, desde componentes eletrônicos até eletrodomésticos – registrou alta de 8,7% em comparação a agosto, quinta alta consecutiva no ano; na comparação com setembro de 2019, o índice é de 11,48%.

Trata-se na maior alta na comparação com o ano anterior desde maio de 2019, quando o consumo de energia do setor foi influenciado pela greve de caminhoneiros no início de 2018. Se excluídos os efeitos da greve, a alta é a maior registrada desde abril de 2018.

Para Marcelo Ávila, vice-presidente da Comerc Energia, esse cenário reflete o movimento natural rumo à recuperação econômica. “Nos últimos meses, observamos diferentes picos no consumo de energia. Primeiro, com os setores de Papel e Celulose e de Embalagens, refletindo o aumento na demanda por papéis para fins higiênicos e embalagens para delivery, respectivamente. Depois, no setor de Material de Construção, com muitos consumidores aproveitando o período de isolamento para realizar reformas. Agora, vemos a produção se intensificando, visando datas como Black Friday e Natal e se preparando para o início de 2021”, comenta.

A performance da atividade manufatureira brasileira em setembro é notável e segue o rastro da expansão das encomendas, da produção e das vendas de exportação, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O terceiro trimestre se encerra com apenas dois dos 11 setores registrando queda no consumo de energia: Embalagens com -1,74%, dentro da média histórica, e Siderurgia e Metalúrgica com -13,85%, maior queda desde setembro de 2015, quando o Índice começou a ser apurado.

“Notamos um certo otimismo da demanda, se confirmando com a expansão da capacidade de produção industrial. Devemos seguir cautelosos, mas esse é um bom sinal e que aponta para um último trimestre com boa recuperação”, completa Ávila.

Metodologia

O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo de mais de 2.300 unidades de sua carteira, pertencentes aproximadamente 1.100 empresas que compram energia elétrica no mercado livre.

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