Sucesso nas décadas de 1970 e 1980, as caldeiras elétricas voltam como alternativa para geração de vapor barato e sustentável em meio a um cenário de volatilidade energética.
A busca por alternativas ao gás natural, ou qualquer outro insumo energético que possa ser um substituto, por parte da Europa, tem gerado uma volatilidade energética de impacto global desde 2022. No Brasil por exemplo, houve uma postergação de investimentos em alguns terminais de regaseificação de gás natural liquefeito, por exemplo, o que gerou uma corrida das indústrias brasileiras por soluções para geração de vapor.
Biomassa: oportunidades e desafios
A primeira alternativa, mais óbvia, foi a geração de vapor a partir de biomassa. Isso fez a tonelada do combustível dobrar de valor em algumas regiões do Brasil. Ainda que fosse uma solução com baixa pegada de carbono, apresenta alguns riscos e dificuldades, tais como:
- O fornecedor deve estar a no máximo 150 km de distância para que o custo logístico não seja inviável;
- A biomassa precisa ter disponibilidade garantida por pelo menos 5 anos. Além disso, é importante monitorar a instalação de grandes indústrias na região que podem impactar o fornecimento;
- A biomassa utilizada precisa ser homogênea, quanto à umidade e tipo, para evitar problemas no equipamento;
- É necessário contar com um espaço adequado para a instalação e armazenamento da biomassa, além de considerar os impactos no sistema de combate a incêndios.
Caldeiras elétricas: menos custo e mais sustentabilidade
Ao perceber os desafios provocados pela geração de vapor a biomassa, algumas indústrias decidiram investir em uma solução antiga e eficiente, as caldeiras elétricas.
Sucesso nas décadas de 1970 e 1980, as caldeiras elétricas voltam como alternativa para geração de vapor barato e sustentável. Entre os benefícios, estão:
- Caldeiras elétricas são compactas, necessitando pouco espaço;
- Podem ser aplicadas de forma descentralizada, gerando vapor a cada processo específico, evitando reduções de pressão em válvulas e perdas na distribuição;
- Apresentam eficiência de mais de 98%, mesmo em baixas vazões;
- Apresentam custos de manutenção e operação menores que caldeiras comuns;
- Podem apresentar zero emissões, caso a energia venha de fontes renováveis.
Apesar dos benefícios das caldeiras elétricas, é necessário pontuar os desafios, como a grande demanda elétrica (cerca de 750 kWh por tonelada de vapor); a disponibilidade na capacidade do sistema elétrico da distribuidora local; e o custo do vapor diretamente impactado pelos encargos da rede elétrica.
A sua empresa está preparada para se adaptar às mudanças energéticas?
Diante desse cenário de volatilidade energética e de alternativas ao uso de gás natural para geração de vapor, a dúvida que surge é: a sua empresa está preparada para se adaptar às mudanças energéticas?
Você pode estar pensando: "Tudo bem, até agora nada de novo, sempre há prós e contras em qualquer escolha”. Concordo, essa é uma realidade de longa data. Mas a pergunta que fica é: você tem um plano para lidar com essas contingências? Sabe onde cortar desperdícios de forma rápida e eficiente? Possui alternativas para enfrentar os desafios energéticos?
Além disso, você está preparado para transformar essa volatilidade em uma vantagem? Sua empresa consegue se tornar “antifrágil” do ponto de vista energético? Em um ambiente econômico e político tão instável como o nosso, ter flexibilidade com um custo adequado pode ser o caminho mais seguro e vantajoso.
Ter sistemas baseados em uma matriz energética diversificada, como uma combinação de caldeira a gás natural e outra elétrica, ou uma caldeira a biomassa e outra a gás natural, aliada a uma estratégia de contratação de insumos e operação eficiente, garante flexibilidade e cria opções para reduzir perdas ou gerar ganhos em momentos de instabilidade.
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*Esse texto usou como fonte de informação a publicação do Gerente de Vendas e Projetos de Eficiência Energética da Comerc Energia, Davi Hoffmann, disponível neste link.