Em abril de 2015, o Panorama Comerc analisou a queda do GSF e seus impactos financeiros sobre as geradoras pertencentes ao MRE (Leia o post aqui).
Em complemento ao post, os gráficos abaixo revelam que os níveis dos reservatórios tiveram pequena melhora desde o início do ano.
Fonte: ONS
Devido a uma política de preservação do nível dos reservatórios, o despacho térmico manteve-se alto, conforme mostra o gráfico abaixo:
Fonte: ONS e CCEE
Mesmo com o recente aumento das vazões e a ligeira recuperação dos reservatórios, o nível de despacho térmico manteve-se, até junho de 2015, no mesmo patamar observado nos meses anteriores, na faixa de 14 a 15 GWmédios, conforme demonstra a área vermelha destacada no gráfico acima.
Fonte: ONS e CCEE
O gráfico acima revela a melhora do GSF no segundo trimestre de 2015 em relação ao início do ano. Em janeiro, a geração foi 11,3 GW médios inferior à garantia física contra uma diferença de 9,8 GW médios em junho. Mesmo com a redução da diferença, a geração hídrica está inferior à garantia física dos empreendimentos. Entre janeiro e junho de 2015, esse déficit custou R$18 bilhões às geradoras.
A conta do risco hidrológico não será paga por todas as hidrelétricas, devido às liminares obtidas por algumas usinas. O impacto disso foi na liquidação financeira da CCEE que aumentou a inadimplência em agosto.
As usinas hidrelétricas poderão gerar mais energia para atender à carga, melhorando o índice do GSF no MRE (Mecanismo de Realocação de Energia), devido à recente decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que aceitou a proposta do ONS para o desligamento de 21 usinas térmicas com CVU acima de R$600/MWh (publicado anteriormente no Panorama).