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Como a expectativa de chuvas influencia nos preços de energia

A formação dos preços de energia no Brasil é influenciada diretamente pela expectativa de chuvas e o nível dos reservatórios devido à predominância de fontes hídricas no Brasil.

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A formação dos preços de energia no Brasil é influenciada diretamente pela expectativa de chuvas e o nível dos reservatórios devido à predominância de fontes hídricas no Brasil.

Em 2018, estima-se, a partir de dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que a participação dessa fonte foi de 69,4% de toda a nossa matriz energética do Sistema Integrado Nacional (SIN). Em seguida, são as fontes térmicas (21,7%), eólicas (8,1%) e, por último, a solar (0,8%).

Durante o evento, vimos um dia de operação real, divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que mostra que, somando toda a geração de energia vinda de hidrelétricas e a Hidrelétrica Itaipu, temos mais de 80% do abastecimento nacional.

Por isso, as chuvas interferem tanto nos preços de energia. Quando não há um nível satisfatório nos nossos reservatórios, as fontes térmicas (que são mais caras) precisam ser ativadas para suprir toda a demanda de energia do país.

Submercado Sudeste/Centro-Oeste influencia no preço da energia do Brasil

 

Já vimos que a expectativa de chuvas e, portanto, da Energia Natural Afluente (ENA) influencia na formação do preço de energia. Mas também é preciso levar em conta os locais que precisam de chuva. Os grandes reservatórios do Brasil estão concentrados no submercado Sudeste/Centro-Oeste.

Divisão de submercados no Brasil – Fonte: Comerc Energia

 

Os quatro maiores reservatórios do Brasil ficam no Sudeste/Centro-Oeste – Bacia do Rio Grande, Bacia do Rio Paranaíba, Reservatório de Três Marias e Reservatório de Serra da Mesa. 56% das fontes hidráulicas estão nesse submercado. Por isso, os níveis de chuvas nessas regiões são importantíssimos para todo o sistema de energia.

Período úmido x Período seco

 

Entre dezembro e março se caracteriza o período úmido do submercado Sudeste/Centro-Oeste. É nesse intervalo de tempo que se espera o maior nível de chuvas para a região. Quando o nível registrado fica abaixo do esperado, o SIN pode ter grandes impactos durante todo o ano, uma vez que pode levar meses para recuperar o nível dos reservatórios.

Um ponto muito importante e positivo é que o nosso SIN tem alternativas e se completa. Durante o período seco do Sudeste/Centro-Oeste, o Sul tem mais chuvas e pode complementar a matriz energética.

Mas, ainda assim, a nossa matriz energética ainda é muito dependente do submercado Sudeste/Centro-Oeste e de seus reservatórios.

A frustração da expectativa de chuvas no fim de 2018

 

O ONS divulga, semanalmente, a revisão de previsão mensal do nível de vazão, utilizado no cálculo da ENA. Quanto maior é a média esperada, menor fica o preço da energia.

Em novembro de 2018, a expectativa de chuvas apresentada era grande e deixou o mercado de energia otimista para os preços. Mas, em dezembro de 2018, o cenário mudou: a previsão diminuiu e o preço aumentou.

Webinário Comerc Explica 

 

Em janeiro, fizemos um Webinário com o tema “Entenda como os preços de energia subiram e os impactos da expectativa de chuvas”. Nossos especialistas André Duque, Gerente de Inteligência de Mercado, e Juliano Castro, Gerente de Comercialização, falaram sobre esse assunto.

Confira o vídeo completo no nosso canal de Youtube.

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