A energia elétrica tem se tornado um assunto cada vez mais estratégico para as empresas, uma vez que, quanto maior for o empoderamento do consumidor em relação à gestão do seu consumo e, consequentemente, reduzir seus custos com energia, maior pode ser sua competitividade no mercado.
Com mais conhecimento sobre energia, mais chance de encontrar alternativas de negociação para que esse insumo seja melhor utilizado e com o menor custo possível, impactando positivamente no resultado total da empresa.
O primeiro passo para uma significativa redução de custos com energia é a migração para o mercado livre de energia.
Mas qual é a grande diferença ao deixar de ser um consumidor cativo e se tornar um consumidor livre?
O mercado cativo é aquele que está presente na residência dos brasileiros, no qual a distribuidora adquire a energia pelo consumidor final e encaminha a fatura mês a mês, que inclui tanto o custo da rede elétrica da distribuidora quanto o serviço de distribuição dessa energia. O consumidor cativo não pode negociar o valor da energia que está consumindo.
A grande mudança quando um consumidor migra para o mercado livre de energia acontece no mundo contratual. A distribuidora continua fazendo seu papel de distribuição e com a mesma qualidade, mas o consumidor livre pode negociar o fornecedor da energia que irá consumir, que pode ser um gerador ou um comercializador de energia.
Dessa forma, ele pode negociar qual será seu montante de energia com preços mais atrativos e quais serão as condições contratuais.
Para migrar para o mercado livre de energia, existe um critério: a unidade consumidora, ou a soma das unidades consumidoras da mesma empresa (mesma raiz de CNPJ) devem ter, ao menos, 500 KW de demanda contratada, o que significa uma conta de energia com valor aproximado de R$ 60 mil por mês.
Caso a sua empresa se encaixe nesse perfil, existem dois principais passos para a migração. O primeiro é a adesão na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a adequação do sistema de medição e faturamento da empresa, ou seja, a troca do relógio medidor para que a CCCE consiga identificar que o consumidor se tornou livre.
O custo da operação varia de acordo com a distribuidora e o payback (retorno de investimento) desse valor pode ser de apenas alguns dias nas grandes indústrias devido à economia geral que a troca irá acarretar na fatura mensal.
Para ter uma ideia da economia, os clientes da Comerc, que somam aproximadamente 900 clientes e 1.900 unidades consumidoras em todo o país, só em 2018 tiveram economia aproximada de 30% em relação ao mercado cativo, o que representa R$ 3,7 bilhões.
As operações de swap (troca de energia) são uma ótima alternativa para que os consumidores livres possam reduzir os custos com energia.
Um tipo que pode ser vantajoso é a troca de energia convencional pela incentivada (renovável), uma vez que tem descontos na distribuição de energia renovável. Mas tudo isso precisa ser analisado por especialistas do setor para analisar a melhor opção para o seu negócio.
A Portaria nº 514, publicada no final do ano passado permite que, a partir de 1º de julho deste ano, mais consumidores possam contratar esse tipo de energia, trazendo um novo horizonte de possibilidades para operações de swap. Reveja nossa matéria sobre essa mudança, clicando aqui.
A adequação da demanda contratada também é importante para otimizar seus custos com energia elétrica (saiba mais sobre o assunto aqui). É preciso ficar atento ao consumo de energia para tomar as melhores decisões, tais como escolher a melhor tarifação – azul ou verde – dependendo da curva de consumo, e dar atenção ao fator de potência, que pode acarretar em uma multa para a empresa por estar causando algum distúrbio na rede.
Em alguns casos, a troca de equipamentos pode ser necessária. Para isso, entram os projetos de eficiência energética que podem agregar, e muito, na redução de consumo de energia. Leia mais aqui.
O papel da Comerc Energia é trazer as melhores soluções para auxiliar tanto no processo de migração, bem como na gestão dos consumidores livres e geradores.
Em fevereiro, fizemos um Webinário com o tema “3 passos para maximizar os seus resultados”. Nossos especialistas João Aramis, Diretor Comercial da Região Sul, e Pedro Mello, Executivo de Relacionamento de Bento Gonçalves, falaram sobre esse assunto.
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