O modelo matemático para o cálculo do PLD busca um equilíbrio entre os despachos hídrico e térmico para chegar ao menor custo marginal da operação. Por esse motivo, as vazões nos rios são variáveis relevantes para observar o comportamento do preço.
Desde 2014, as vazões nos rios (ENA) diminuíram por causa da redução das chuvas, resultando em ENAs abaixo da média histórica em diversos meses na região Sudeste.
Esta região é a de maior capacidade de armazenamento e maior carga de energia. Abaixo, observa-se o comportamento das afluências contra o PLD:
A partir de julho de 2012, os valores oscilaram fortemente até atingir o teto em 2014, por meses consecutivos.
Outra variável que impacta no cálculo do PLD é a carga de energia. Quanto maior o crescimento da carga, maior a complexidade no planejamento da operação pelo ONS. Em 2014 e 2015, enquanto as vazões estavam abaixo da média histórica, a carga de energia teve um comportamento crescente, com picos nos meses mais quentes.
Em fevereiro de 2014, a carga alcançou o maior pico anual, com 68.484 MWmédios. Em 2015, até o momento, o pico foi registrado em fevereiro, com 66.080 MW médios. Em ambos casos, a ENA mensal foi de 38% da MLT.
A carga de energia começou a reduzir consideravelmente em 2015, especialmente devido aos reajustes tarifários para o mercado cativo e à redução do ritmo industrial. Como apresentado na semana anterior, o ONS reviu a variação da carga para 2015 em -1,8%.