Desde 1º de janeiro, todos os consumidores de energia podem optar pela tarifa branca. A medida traz alguns questionamentos e mostra o movimento do setor elétrico de dar mais poder de escolha ao consumidor, uma vez que ele precisa conhecer o seu perfil de consumo antes de tomar uma decisão.
Ao optar pela Tarifa Branca, o consumidor passa a pagar valores diferentes dependendo dos horários de consumo, que são classificados em:
Ponta: horário com maior demanda de energia
Intermediário: uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta
Fora de ponta: horário com menor demanda de energia
Na ponta e no intermediário, a energia é mais cara. Já na fora de ponta, é mais barata. Feriados e fins de semana têm apenas horário fora de ponta.
Cada distribuidora possui uma classificação de horários. Sendo assim, é importante buscar os horários da sua região. Na Enel, por exemplo, o horário ponta é das 18h às 21h. Se o seu maior consumo de energia for dentro desse horário, a tarifa branca pode não ser a melhor opção para o seu perfil.
É muito importante o consumidor analisar seus horários picos de consumo, porque ao optar pela Tarifa Branca e consumir energia em horário ponta, a energia pode ficar ainda mais cara.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez um vídeo explicando um pouco mais sobre a Tarifa Branca. Confira:
Em seu site, o órgão também tira as principais dúvidas sobre a tarifa branca.
Ao analisar o seu perfil de consumo e optar pela tarifa branca, é só entrar em contato com a sua distribuidora pelo telefone (disponível na sua fatura de energia). Ela tem até 30 dias para instalar o novo medidor e não terá nenhuma cobrança adicional.
E caso você não veja vantagem na mudança e queira voltar para a tarifa convencional, basta contatar novamente a distribuidora, que terá mais 30 dias para fazer a alteração.
A Tarifa Branca já é uma realidade desde 2018 e foi sendo oferecida gradativamente a diferentes perfis de consumidores.
Em 2018, todas as unidades consumidoras com média mensal acima de 500 KWh/mês e, em 2019, acima de 250 KWh/mês. Já em 2020, todos os consumidores de baixa tensão e com qualquer consumo podem optar por esse modelo de cobrança.
Mas, de acordo com a matéria divulgada pela MegaWhat, plataforma de inteligência energia do grupo Comerc Energia, a adesão é relativamente baixa.