No Índice Setorial Comerc de Julho, o consumo de energia no mercado livre subiu 0,41% em relação ao mês anterior. No comparativo anual, o consumo de energia caiu -3,78% em relação a julho/2014. Importante observar que o mês de julho de 2015 teve dois dias úteis a mais do que o precedente, o que explica o saldo positivo no consumo de energia. Por outro lado, na base comparativa anual, os meses de julho de 2015 e 2014 tiveram o mesmo número de dias úteis – portanto, o índice negativo revela um menor patamar de consumo de energia no mercado livre em julho de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior, uma vez que não há influência do número de dias úteis ou de sazonalidades.
Observando-se o histórico do consumo de energia ano a ano (abaixo), em que a influência de possíveis sazonalidades é reduzida, o consumo de energia em 2015 segue abaixo dos patamares de 2014. Em julho, registrou-se a sétima queda consecutiva do consumo de energia no mercado livre, com -3,78%. A queda contínua está relacionada à menor demanda industrial, devido ao desaquecimento da economia, conforme comprova o boletim Resenha, edição 94, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em julho de 2015.
Comparativo setorial
No comparativo setorial mensal, destaque para o setor de Siderurgia e Metalurgia, que aumentou em 3,08% o seu consumo de energia em relação a junho deste ano, seguido de Têxtil, Couro e Vestuário (2,66%) e Eletromecânica (2,58%). As maiores quedas do consumo de energia foram registradas nos setores de Material de Construção Civil (-3,13%) e Embalagem (-1,61%).
No comparativo anual, em que os efeitos da sazonalidade são reduzidos, praticamente todos os setores apresentaram queda em seus consumos de energia. Apenas os setores de Papel e Celulose e Embalagem tiveram leves altas de 0,23% e 0,71%, respectivamente. Por outro lado, o setor de Veículos e Autopeças apresentou a queda mais expressiva, reduzindo em -10,66% o seu consumo de energia em relação a julho de 2014, seguido do de Siderurgia e Metalurgia (-8,87%) e Alimentos (-6,81%).