Entenda a diferença entre consumo e demanda de energia

Descubra como calcular a sua demanda de energia e como fazer uma gestão eficiente e sem riscos de multas

Imagine que você vai às compras. Ao chegar ao supermercado, você pega um carrinho e então vai colocando dentro dele o que você pretende levar para casa. Concorda que não necessariamente você enche ou usa a capacidade toda do carrinho? De forma resumida, com essa breve história você acaba de entender a diferença entre demanda e consumo: a capacidade do carrinho é a demanda contratada e a quantidade de produtos é o consumo.

Em resumo, demanda é a potência necessária para contemplar a unidade consumidora e consumo é quanto de potência é utilizada ao longo do tempo. Por isso, a sinalização de demanda é kW ou MW e consumo é em kWh ou MWh.

A demanda contratada é o que permite a concessionárias e agentes de transmissão planejar, construir e adequar suas redes para atender perfeitamente às necessidades daquele consumidor e de todas as empresas, sem correr o risco de causar um déficit energético caso haja sobrecarga do sistema. Por isso, consumidores de média e alta tensão pagam tanto pelo consumo quanto uma parcela de demanda de energia contratada.

Como já vimos anteriormente, no mercado livre de energia os contratos são de longo prazo, trazendo diversas vantagens como os preços mais competitivos, liberdade de escolha, gestão sustentável, mas também previsibilidade orçamentária. E isso é possível justamente porque no contrato é determinado o cálculo estimado de demanda/ gastos e feita sua projeção até o fim do período.

Ou seja, é possível ter uma estimativa do que haverá de gasto com energia ao longo dos meses. É isso que permite ao consumidor não sofrer com a volatilidade de preços do mercado cativo, mas aqui, o consumidor paga pela energia que contratou, ainda que ela não tenha sido usada. No entanto, este tipo de contratação também permite ao consumidor revender/liquidar no mercado a energia que ele não utilizou efetivamente.

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Como calcular corretamente o consumo

Para realizar o cálculo de demanda de energia elétrica, o padrão nacional é calcular a média de todas as potências registradas em uma unidade consumidora, ligando todos os equipamentos e lâmpadas simultaneamente, em intervalos de 15 minutos. A soma dessas potências é demanda do sistema elétrico.

Vale lembrar que o consumo e a demanda de energia oscilam muito ao longo do dia, pois em determinados períodos todos os equipamentos podem estar ligados - quando a unidade consumidora estará trabalhando com sua capacidade máxima -, e em outros não.

Fazer essa medição de forma correta é fundamental. Ela permite contratar o necessário para suprir todas as atividades das operações do dia a dia e evitar multas que podem ser cobradas - o que ocorre quando uma empresa ultrapassa o consumo que havia contratado.

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Num primeiro momento, migrar para o mercado livre de energia parece muito complicado. É necessário fazer um estudo cuidadoso e tomar decisões precisas para avaliar as condições reais dessa mudança e a previsibilidade de ganhos no longo prazo. E é nesse momento que contar com uma gestão de energia é muito importante, especialmente se você quer fazer isso com eficiência e segurança.

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