Entenda a diferença entre energia ativa e reativa e como evitar cobranças adicionais por energia desperdiçada na sua rede
A distribuição de energia acontece com o funcionamento de dois componentes que se complementam: a energia ativa e a energia reativa. Ambas sempre vão existir, mas é necessário que haja um equilíbrio funcional entre elas.
A corrente elétrica que temos imediatamente quando ligamos algo à tomada é chamada de energia ativa. Ela é a responsável pelo funcionamento de qualquer tipo de aparelho, máquina ou gerador, por exemplo. É a força que executa o trabalho.
A energia reativa não produz trabalho direto, mas ela circula entre a carga e sua fonte de alimentação, resultando em um carregamento no sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa.
Ela é parte essencial para o bom desempenho do sistema, pois forma o campo magnético que dá base para o fluxo das correntes de energia de geradores, condensadores síncronos ou equipamentos eletrostáticos como capacitores.
Alguns equipamentos elétricos precisam de energia ativa (medida em kWh) e energia reativa (medida em kVArh) para seu funcionamento.
Entretanto, apesar de necessária, a utilização da energia reativa deve ser limitada ao mínimo possível, pois ela não realiza trabalho efetivo, servindo apenas para magnetizar as bobinas dos equipamentos.
O excesso de energia reativa exige condutores de maior secção e transformadores de maior capacidade.
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A energia ativa é cobrada na sua fatura por quantidade de consumo em um intervalo de tempo (em kilowatt-hora kWh).
Já a energia reativa é expressa em kVARh (kilovolts ampère hora) mas não é cobrada. No entanto, pode ocorrer uma cobrança adicional em sua conta ser gerada em caso de potência reativa excedente. Entenda melhor no próximo tópico!
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Como falamos acima, a energia reativa não é cobrada na sua fatura de energia. No entanto, ela pode impactar diretamente o seu bolso quando há desequilíbrio entre a energia ativa consumida e a energia reativa gerada.
Essa relação é medida pelo fator potência, um indicador que não é demonstrado na sua conta de energia, mas determina a cobrança de multas quando existe esse desequilíbrio.
O fator de potência pode variar entre 0 e 1, mas o ideal é 1.
Quanto mais baixo for esse número, menor a eficiência e rendimento do equipamento, e você pode ser cobrado se o FP ficar abaixo de 0,92.
A multa corresponde ao uso ineficiente do sistema elétrico, podendo resultar em carregamento evitável no sistema de distribuição, comprometer a qualidade do fornecimento e, ainda, exigir investimentos adicionais de compensação pela concessionária local.
Empresas de médio e grande porte quase que obrigatoriamente utilizarão das duas componentes energéticas, energias ativa e reativa, mas pode ocorrer em residências também.
Quando ocorre desequilíbrio entre elas, é preciso corrigir. Enquanto isso não ocorrer, a distribuidora apontará esse consumo na tarifa como “consumo reativo excedente”.
Apesar de descritas na fatura, as multas não são notificadas ao consumidor, que pode muitas vezes pagar a tarifa por longos períodos sem perceber.
Por isso, tão importante quanto acompanhar e entender o que de fato é cobrado na sua fatura de energia, é contar com uma equipe especializada para fazer avaliações do seu estabelecimento e garantir que não haja escolha inadequada de procedimentos.
Se você identificou uma cobrança adicional na sua fatura, pode contar com a Comerc para diagnosticar eventuais descompensações do seu estabelecimento e obter soluções para corrigi-las.
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