O gráfico abaixo traz o comparativo da geração hídrica, nuclear, térmica e eólica com a energia armazenada (EAR) e carga de energia desde 2000.
A curva tracejada em vermelho, com a energia armazenada, mostra como o volume atual dos reservatórios está reduzido a níveis próximos do observado entre 2000/2001, véspera do racionamento. Em 2000, a carga de energia era menor e o parque térmico era menos representativo, com geração máxima de 2.500 MW médios. Neste ano, a geração térmica chegou a atingir 18.000 MW médios.
Em 2014, a geração hídrica reduziu a sua representatividade para a geração térmica (como apresentado na matéria publicada na semana passada), mas o mais preocupante é a redução da energia armazenada em novembro, com 20% da capacidade máxima para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
O próximo gráfico apresenta a relação da geração por fonte e a variação do PLD. O crescimento da geração térmica a partir de 2012 fez a curva do preço de curto prazo não reduzir a patamares abaixo de R$100,00/MWh desde então.
As chuvas do período úmido, que começa em dezembro, precisam recuperar o nível dos reservatórios para suportar a elevação da carga de energia. O consumo de energia no país, quando medido pelo ONS, é denominado carga de energia, pois leva em consideração o consumo e as perdas do sistema. A carga de energia está correlacionada com a temperatura do país. Quão maior a temperatura do país, maior a carga de energia devido à maior demanda por refrigeração.