Conheça a história da evolução do mercado de energia no Brasil.
Dia 29 de maio foi comemorado o Dia Mundial da Energia, data comemorativa criada para incentivar pessoas, empresas e indústrias a usarem a energia com consciência. E hoje, vamos trazer curiosidades sobre a história desse importante e vital recurso e como foi sua evolução no mundo e no Brasil.
Energia, podemos viver sem ela?
Conservar alimentos refrigerados, aquecer lares no inverno, manter produtivas as máquinas nas indústrias, os equipamentos nos hospitais, em escolas etc. Nada disso seria possível sem a energia elétrica e, atualmente, mal saberíamos sobreviver sem essa tecnologia.
Por milhares de anos, os humanos contaram só com a própria força muscular como fonte de energia, avançando, há cerca de 400 mil anos, quando houve a conquista da manipulação do fogo. Mas foi há 12 mil anos que o homem passou a dominar outras fontes de energia, a partir da Revolução Agrícola, que marcou o início do uso da tração animal, da força dos ventos e das quedas d’água para a agricultura e a pecuária.
Já entre a Idade Média (século V a XV) e a Contemporânea (século XVIII), a energia passou a ser utilizada na indústria para o funcionamento de máquinas por meio da queima do carvão e combustíveis fósseis, e proporcionou o forte aumento da capacidade produtiva das sociedades. No século XIX, em Londres, era praticamente impossível caminhar nas ruas devido à poluição causada pela queima do carvão e doenças pulmonares eram muito comuns. Tempos depois, durante a Revolução Industrial, ela passou a ser aplicada também para o uso doméstico.
Depois, com a descoberta do petróleo, a demanda por energia cresceu e a possibilidade de ampliação dos modelos energéticos expandiu. Inclusive, até hoje essa é a forma mais consumida de energia, apesar de ser um forte agente poluidor do meio ambiente.
Por fim, por volta de 1820, o cientista inglês Michael Faraday, inventor do motor elétrico, estabelecia as bases do conceito dos campos eletromagnéticos, que foram essenciais para a futura utilização da eletricidade. Depois dele, inúmeros cientistas se dedicaram a descobertas e ao desenvolvimento desta nova alternativa energética, que criou as condições necessárias para uma notável disrupção na história econômica.
Hoje, a indústria de energia é uma das mais importantes e complexas dentro de toda a economia, e sua história está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico mundial.
Como ocorreu a evolução energética no Brasil?
Acompanhe os principais fatos relacionados à história da energia no Brasil abaixo:
- Em meados do século XIX a energia chegou ao país
As indústrias de mineração começaram a ser instaladas e esse recurso foi todo voltado para seu abastecimento. Um dos marcos deste período foi a construção da Usina Hidrelétrica de Ribeirão do Inferno (1883), em Minas Gerais, e a Usina Termelétrica Velha Porto Alegre (1987), no Rio Grande do Sul.
- A eletricidade chega às cidades
Com a crescente demanda e a dificuldade de suprir essa condição pelo setor público, foi estabelecida na constituição de 1891 a concessão desse serviço para a iniciativa privada.
Ao final do século, usinas elétricas de pequeno porte começaram a ser implantadas já com objetivo de fornecimento para pequenas indústrias, serviços públicos, residências e transporte feito por bondes nas cidades.
Paralelamente, fazendeiros, empresários e comerciantes organizaram-se em pequenas concessionárias de eletricidade de âmbito municipal para oferecer o serviço. No entanto, esses contratos tinham prazos que podiam chegar a até 90 anos.
- Empresas estrangeiras passam a controlar o setor
A partir de 1899, instituições externas passaram a entrar no mercado de energia brasileiro. Ao mesmo tempo, algumas concessionárias municipais expandiam seus territórios de atuação, tornando-se verdadeiros monopólios no fornecimento de energia.
Em 1920, parte das empresas nacionais passaram a ser controladas por estrangeiras e ocorreu uma expansão no número de usinas instaladas no Brasil.
- Empresas brasileiras retomam o controle
Em 1954, foram criadas a Eletrobrás e o Plano Nacional de Eletrificação com intuito de: ampliar a geração de energia, centralizar o controle das geradoras no governo federal e promover a estatização do setor. O que de fato aconteceu, pois houve a incorporação de empresas estrangeiras às concessionárias públicas brasileiras.
- Volta do controle internacional
Já em 1992, com o Plano Nacional de Desestatização, foi autorizada a venda de empresas brasileiras e instituições estrangeiras assumiram novamente esse mercado no Brasil, gerando expansão, porém mantendo o monopólio vigente desde os primórdios.
Mercado livre: liberdade de negociação e consumidor em 1º lugar
As grandes empresas de energia do mundo foram, no decorrer do final do último século, pouco a pouco se tornando empresas privadas inseridas em mercados livres e/ou regulados. Embora ainda existam muitas companhias controladas pelos governos.
No Brasil, o ano do marco regulatório foi 1995, quando foi sancionado o mercado livre de energia, conhecido também como Ambiente de Contratação Livre, envolvendo uma série de privatizações que visavam estimular a competição no setor.
Seu funcionamento só entrou em vigor em 1998, quando foi criada a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com objetivo principal de promover a competição com relação à oferta e proporcionar economia aos consumidores. No entanto, foi somente em 2001 que o mercado começou a se formar efetivamente, impulsionado pelas sobras de energia decorrentes da economia feita por consumidores industriais, comerciais e residenciais, durante o racionamento daquele ano.
E foi nesse momento que surgiu a Comerc Energia: a empresa nasceu em 2001, durante o período de racionamento de energia elétrica, junto com o nascimento do mercado livre. Ou seja, estivemos presente nos principais marcos do mercado, nos posicionando de forma estratégica ao lado dos primeiros consumidores livres de energia elétrica do país!
Entenda o mercado livre de energia
No mercado livre, o consumidor passou a ser o ator principal, ganhando o direito de negociar preços, volumes e prazos de acordo com a sua estratégia de negócio. O primeiro benefício buscado, de redução de custos, passou a fazer parte de inúmeras vantagens trazidas com o novo modelo, como maior previsibilidade e estabilidade, além de contribuição à sustentabilidade.
> Entenda as principais diferenças entre o mercado livre e o mercado cativo
A opção de comprar energia no mercado livre mostrou-se uma das poucas iniciativas que o empresariado pôde lançar mão com o objetivo de cortar as despesas para contornar os efeitos da crise e tornar seus produtos mais competitivos.
Se olharmos para os últimos anos, percebemos que a competição no segmento elétrico gerou uma economia bilionária para o setor produtivo. Beneficiou todos os brasileiros, porque a redução na conta de energia é traduzida em uma série de ganhos de eficiência, como um preço final menor para produtos e serviços e até a manutenção de empregos que seriam cortados em períodos de crise. Não à toa, quem tornou-se um consumidor livre, raramente voltou à condição anterior.
> Conheça as vantagens do mercado livre e como pagar menos pela sua energia
Quase 26 anos depois de ser criado, o mercado livre de energia continua em expansão. Em janeiro de 2021, foram registrados 10.897 associados, 1.591 produtores independentes, 77 autoprodutores, 42 geradores a título de serviço público, 402 comercializadoras e 50 distribuidoras associadas.
No entanto, ainda há muito espaço para crescer. Apesar de em alguns setores o mercado livre corresponderem à maior parte da energia consumida, como no caso das indústrias, que é de 85%, o setor não corresponde a 30% do consumo total no país.
Nessa linha de crescimento, o ano de 2021 chegou com grandes perspectivas devido ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 232/2016, atual PL 414, no Congresso. O PL, abre a possibilidade para que todos os consumidores, de qualquer carga ou tensão, possam optar pelo mercado livre 42 meses após a data de sanção da lei. Ou seja, em um futuro breve, todos os brasileiros poderão escolher de quem comprar a própria energia.
> Quais são os critérios para migrar para o mercado livre?
A evolução e crescimento da Comerc Energia
Desde 2001, a Comerc tem contribuído para o desenvolvimento de uma cultura de liberdade entre os consumidores brasileiros na escolha de seu fornecedor de energia. E seguimos avançando para construir um mundo sustentável e consciente!
Para trazer ainda mais soluções aos nossos clientes, hoje atuamos não somente na gestão, mas também na compra e venda de energia colocando a nossa trading sempre entre as 10 maiores e mais respeitadas no mercado.
E incorporarmos uma ampla gama de serviços: de geração distribuída ao armazenamento em baterias, de eficiência energética a sistemas de gestão, de IoT de medição ao desenvolvimento de projetos solares, de plataforma de notícias e dados a sistemas de gestão de cativo.
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Se você se interessou pelo mercado livre de energia, podemos fazer um estudo de viabilidade para você sem nenhum custo. Caso a viabilidade do projeto se confirme, nós poderemos te guiar no melhor e mais econômico caminho para que possa aproveitar de todas as vantagens que o mercado livre de energia tem a oferecer para você ou para o seu negócio.
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