O Índice Setorial Comerc, estudo mensal que avalia os dados de consumo de energia elétrica das 540 unidades sob administração da empresa no mercado livre de energia, revela que, em novembro de 2015, o consumo de energia no mercado livre registrou aumento de 0,67% em relação ao mês anterior. Contudo, no comparativo anual, o consumo de energia caiu -3,84% em relação a novembro de 2014. É a 11ª queda consecutiva neste comparativo, o que comprova a redução da carga de energia demandada pela indústria, afetada pelo desaquecimento da economia em 2015.
No comparativo mensal, novembro de 2015 teve dois dias úteis a menos do que o mês precedente e, ainda assim, apresentou aumento do consumo de energia no mercado livre. É possível que esta evolução esteja relacionada a aspectos climatológicos, uma vez que novembro foi marcado por altas temperaturas em todo o país, o que influencia no maior acionamento do ar-condicionado.
Prova disso é o crescimento do consumo de energia no setor de Comércio e Varejo, que subiu 3,17% em relação a outubro de 2015. Segundo dados do INMET, em novembro deste ano, as temperaturas no país ficaram 1,5°C acima da normal climática (média histórica). Era um fato já esperado, considerando que há influência de um pico de um período de El Niño. Se observadas as temperaturas das capitais São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, as temperaturas máximas, médias e mínimas ficaram acima da climatologia em novembro deste ano
No comparativo anual do Índice Comerc, o consumo de energia caiu -3,84% em novembro de 2015 em relação ao mesmo mês do ano passado. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) coletados entre os dias 1º e 24 de novembro também revelam uma redução no consumo de energia no mercado livre, de -7,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Observando-se o histórico do consumo de energia ano a ano (abaixo), percebe-se que o ano de 2015 segue abaixo dos patamares de 2014, registrando 11 quedas consecutivas do consumo de energia, fruto da menor demanda industrial e do desaquecimento da economia.