Análise Semana 3 (16/05 a 22/05)
A expectativa do ONS de Energia Natural Afluente para esta semana é de 100% da MLT para o Sudeste, Sul com 63%, Nordeste, 58% e Norte, 107% da MLT. Na média mensal, a previsão da MLT no Sudeste é de 102%, no Sul de 65%, no Nordeste, 63% e no Norte, 112%. A revisão da média mensal de maio está mais otimista no Sudeste, Nordeste e no Norte, enquanto que no Sul foi revisada para baixo. Neste submercado, a estimativa mensal caiu de 107% da MLT, valor estimado na última semana, para 65%. Na soma do SIN, portanto, houve queda da expectativa de fechamento da ENA, que levou o CMO a sofrer uma elevação em todos os submercados. Os valores podem ser verificados no gráfico abaixo.
O ONS informa a previsão de ENA semanal, que é utilizada como dado de entrada para o modelo Decomp na definição do PLD. Nos gráficos abaixo constam a informação semanal realizada e prevista, assim como os resultados gerados pelo modelo como previsão de evolução do armazenamento para as semanas seguintes e o próximo mês. Houve queda tanto na expectativa de ENA quanto de armazenamento previsto para final de maio e junho.
Baseada na ENA mensal revisada na semana, o ONS realiza casos de sensibilidade para a semana seguinte com limites superior e inferior. A figura abaixo ilustra os limites considerados de ENA e expectativa de CMO para a próxima semana.
Impactos no CMO – Semana 3
O CMO elevou-se em todos os submercados, sendo que Sudeste, Sul e Nordeste se mantiveram equalizados e acima do teto. Já o Norte, apesar da elevação, se mantem muito abaixo do teto.
Houve redução de cerca de 1.900MW médios na previsão de vazões do SIN, sendo o Sul responsável pela queda de 3.000MW médios, compensada, em partes, pela elevação nos demais submercados: 500MW médios no Sudeste, 500MW médios no Norte, e 200MW médios no Nordeste. No Norte, a alteração das vazões quase não causou impacto, já nos demais submercados, o impacto no CMO foi de R$37/MWh.
A atualização das vazões impactou também na previsão de reservatório, que levou a previsão do Sudeste a 1.200MW médios maior, porém no Sul a queda foi de 1.000MW médios.
A indisponibilidade hidráulica no Norte foi o fator de maior impacto para elevação do custo neste submercado, com R$28/MWh.
A redução na previsão de carga do Sudeste influenciou para uma queda de R$4/MWh.
As figuras abaixo apresentam os fatores que motivaram as mudanças do Custo Marginal da Operação, base para o PLD, do Sudeste e do Norte.
Despacho Térmico – Semana 2 de Maio
Algumas usinas com custo variável unitário maior que o CMO estão sendo despachadas por modalidades de Segurança Energética e Restrição Elétrica, cujo ressarcimento se dá via Encargos de Serviço do Sistema.
Com a queda do CMO no mês de maio, o despacho voltou a acontecer em todos os submercados, em montantes mais elevados em relação ao mês de abril. No Sudeste, houve despacho via Segurança Energética e Restrição Elétrica, cerca de 720MW médios e 265MW médios respectivamente. No Sul o despacho foi apenas via Segurança Energética, cerca de 435MW médios, assim como no Nordeste, cujo montante foi de 900MW médios. No Norte o despacho também aconteceu nas duas modalidades, cerca de 20MW médios via Restrição Elétrica e 60MW médios de Segurança Energética.
METEOROLOGIA
Estamos com padrão de neutralidade do Oceano Pacífico e no final do período úmido nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte. Para esta semana, há previsão de precipitação nas bacias do Uruguai e Iguaçu, no submercado Sul. Há previsão de que esta mesma frente que passa pelo Sul atinja algumas bacias do Sudeste, no Paraná e Paranapanema. Nas demais bacias do Sudeste deve chover de forma isolada, com menor acumulado. Não há previsão de chuva significativa nos submercados Norte e Nordeste.