A expectativa do ONS de Energia Natural Afluente para esta semana é de 76% da MLT para o Sudeste, Sul com 124%, Nordeste, 38% e Norte, 79% da MLT. Na média mensal, a previsão da MLT no Sudeste é de 88%, no Sul de 113%, no Nordeste, 55% e no Norte, 82%. A média mensal foi mantida no submercado Sudeste, elevou-se significativamente no Sul – aproximadamente 20%, e praticamente se manteve no Nordeste e Norte. Dessa forma, o CMO não sofreu grande alteração, porém o Nordeste voltou a apresentar valor equalizado com Sudeste e Sul. Os valores podem ser verificados no gráfico abaixo.
O ONS informa a previsão de ENA semanal, que é utilizada como dado de entrada para o modelo Decomp na definição do PLD. Nos gráficos abaixo constam a informação semanal, assim como os resultados gerados pelo modelo como previsão de evolução do armazenamento para a semana seguinte e o próximo mês. A previsão do ONS para fechamento do mês de abril é menor do que previsto inicialmente no PMO. Em relação à expectativa de maio, os reservatórios devem se manter ou sofrer leve elevação.
Baseada na ENA mensal revisada na semana, o ONS realiza casos de sensibilidade para a semana seguinte com limites superior e inferior. A figura abaixo ilustra os limites considerados de ENA e expectativa de armazenamento no final do mês de abril para cada caso.
Impactos no CMO – Semana 5
O CMO praticamente se manteve nos submercados Sudeste e Sul, porém subiu 20% no Nordeste, que voltou a se equalizar com Sudeste, e 10% no Norte.
No Nordeste, a expectativa de redução da vazão e a atualização da disponibilidade térmica foram responsáveis pela elevação do CMO, R$65/MWh e R$20/MWh respectivamente.
No SIN há previsão de aumento de 800MW médios nas afluências do mês de abril em relação à previsão da última semana, sendo a revisão do Sul a mais significativa, que agregou 1.200MW médios. Já nos outros submercados, houve pequena redução, 100MW médios no Sudeste e Nordeste, e 200MW médios no Norte. Como resultado, o custo no Sudeste reduziu em aproximadamente R$45/MWh. Mesmo com redução, a política de exportação máxima do Norte se mantém, o que leva ao descolamento do custo em relação aos outros submercados.
A atualização da expectativa de carga no SIN afetou de forma negativa, já que se espera elevação de 1.400MW médios, sendo 1.000MW médios no Sudeste e 400MW médios no Nordeste. Essa alteração provocou elevação de R$11/MWh no CMO do Sudeste, Sul e Nordeste.
Os níveis de armazenamento ficaram abaixo do previsto, levando o CMO a um valor R$8/MWh maior.
A redução da disponibilidade térmica no Sul agregou R$16/MWh ao custo do Sudeste. Já no Norte, apesar de menor, houve elevação devido à expectativa de vertimento em Tucuruí, que afoga o canal de fuga gerando perda de produtividade à usina.
As figuras abaixo apresentam os fatores que motivaram as mudanças do Custo Marginal da Operação, base para o PLD, do Sudeste e do Norte.
Despacho Térmico – Semana 4
Algumas usinas com custo variável unitário maior que o CMO estão sendo despachadas por modalidades de Segurança Energética e Restrição Elétrica, cujo ressarcimento se dá via Encargos de Serviço do Sistema.
Devido ao alto CMO, houve despacho em menor proporção na última semana. No Sudeste, houve despacho via Segurança Energética apenas, cerca de 45MW médios. No Nordeste o despacho foi de 75MW médios. Já no Norte houve despacho tanto por Restrição Elétrica quanto por Segurança Energética. Na primeira modalidade, foi despachado cerca de 55MW médios na semana, enquanto que na segunda houve um montante maior, de 100MW médios. No Sul não houve despacho fora da ordem de mérito.
METEOROLOGIA
Estamos com padrão de neutralidade do Oceano Pacífico e no final do período úmido nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte. Para esta semana, não há previsão de precipitação no submercado Sul, assim como no Sudeste, com exceção das bacias do Grande e Paranaíba, porém sem acumulados significativos. Deve chover também na bacia do São Francisco, no Nordeste. No Norte, deve haver precipitações isoladas sobre a bacia do Tocantins.