A carteira de usinas da Comerc Energia superou a marca de 4.519 Megawatts (MW) de potência gerada, ultrapassando a capacidade de geração equivalente da usina de Sobradinho (BA) em mais de quatro vezes.
Isso foi possível graças a um crescimento no portfólio da empresa de 74% em apenas dois anos, saltando de 70 para 122 unidades entre 2016 e 2018. Hoje os serviços são prestados a geradores e autoprodutores em 15 estados do País, totalizando 44 grupos econômicos.
No mapa das usinas vinculadas à Comerc estão 109 empresas que têm foco na geração de energia para o Sistema Integrado Nacional (SIN), totalizando 3.375 MW de potência, e 13 usinas autoprodutoras, cujo objetivo é atender o consumo do grupo a que pertencem, mas que direcionam o excedente ao SIN, perfazendo 1.144 MW de potência. Em geral, elas fazem parte de grandes grupos econômicos, principalmente dos setores de papel e celulose, produtos químicos e indústria de alimentos.
No mapa das usinas clientes da Comerc Energia, entre geradores e autoprodutores, há 52 termelétricas, abrangendo fontes como licor negro – derivado do processo de beneficiamento de papel e celulose – cana-de-açúcar, milho, eucalipto e gás de alto forno. As eólicas estão em segundo lugar, com 43 unidades, seguidas das fotovoltaicas (13) e hidráulicas (11 unidades).
Quando se leva em conta a potência, as termelétricas lideram com folga: detêm quase 60% da potência, ou 2.717 MW. Em segundo estão as eólicas, com 1.016 MW, seguidas pelas fotovoltaicas (470 MW) e as hidráulicas, com 315,9 MW.
Regionalmente, as regiões os estados com maior concentração de usinas são São Paulo com 27, seguido por Rio Grande do Norte (18), Minas Gerais e Bahia (16 cada), Rio Grande do Sul (14) e Goiás (8).
A conquista de usinas na carteira de clientes da Comerc Energia passou por várias fases. “Nossos primeiros clientes eram autoprodutores do setor de papel e celulose, com termelétricas de biomassa. Em uma segunda onda, vieram usinas de biomassa de cana-de-açúcar e hidráulicas de micro geração. Vimos, há quatro anos, a entrada massiva de eólicas e a última onda, no último ano e meio, são as usinas solares fotovoltaicas, que ganharam maior participação na matriz elétrica do país a partir dos últimos leilões de energia”, explica Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia.
Segundo o executivo, a ampliação do ecossistema da empresa foi resultado de uma estratégia bem-sucedida de entregar às usinas o que ele chama de “inteligência de mercado”, bem como informações valiosas e atualizadas, a fim de que possam se dedicar ao seu core business, que é a geração de energia. “Um exemplo disso é que absorvemos toda a burocracia envolvida na comercialização de energia livre junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Recebemos e analisamos comunicados relativos a posições de liquidação, garantias financeiras, legislação e medição; eliminamos o trabalho operacional que as usinas precisam desempenhar, incluindo o registro das operações de compra e venda de energia, o que é muito valorizado por nossos clientes”, comenta Vlavianos.