Aumento na participação está atrelado ao crescimento das migrações e à retomada econômica
O primeiro semestre de 2017 foi cenário de crescimento para o mercado livre de energia do país. Segundo a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel), o setor, que antes correspondia próximo aos 26% de toda a energia consumida, chegou ao seu recorde, atingindo 30% no Sistema Interligado Nacional (SIN). O recorde foi atingido devido ao volume de migrações aliado à retomada econômica. Em 2017, quase mil novos consumidores aderiram ao mercado livre, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Além disso, no primeiro trimestre, a economia deu sinais de discreto reaquecimento, com alta de 1% no Produto Interno Bruno (PIB) nacional, segundo o IBGE.
Nos últimos dois anos, a entrada de novos consumidores fez com que o mercado livre mais que triplicasse. Atualmente, quase cinco mil consumidores estão no mercado livre de energia, mas esse número pode ultrapassar os 15 mil, dentro das regras atuais para migração.
Na contramão da crise econômica, o Ambiente de Contratação Livre (ACL) cresce como alternativa às empresas que buscam redução de custos. Podendo negociar preço, prazo e a fonte de energia, os consumidores livres não ficam sujeitos às tarifas do mercado regulado. Essa economia é resultado de preços atrativos oferecidos pelos geradores e comercializadoras, que negociam as condições comerciais livremente com os consumidores.