Fonte: ONS
Os gráficos apresentam o histórico dos reservatórios nos últimos 15 anos, na área em azul. O tracejado vermelho marca o nível dos reservatórios registrado no último dia 25 de janeiro.
O do Sudeste está com a 16,9% de sua capacidade – menor patamar desde janeiro de 2000. Ou seja, o acumulado de água nos reservatórios do Sudeste é, hoje, inferior à época do racionamento.
A região nordeste também é crítica, com armazenamento de 17%. O nível mínimo foi em novembro de 2001, com somente 7,8% dos reservatórios.
Fonte: ONS
* Exemplo de carga observado em 28/01/2015. Dados extraídos do IPDO. Fonte: ONS
O problema é que as regiões Sudeste e Nordeste concentram 88% da capacidade de armazenamento de água do país. Os níveis das regiões Sul e Norte, com 62,5% e 35,6% respectivamente, não são suficientes para manter o intercâmbio de energia com as outras regiões. No gráfico à direita, observa-se que o consumo de energia está concentrado no Sudeste e Sul do país.
A distribuição da geração de energia para atender à carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) está apresentada na tabela abaixo:
*Fonte: IPDO de 28/01/2015, ONS
No dia 28 de janeiro, a carga verificada no SIN foi de 71.948 MW médios. A título de comparação, a carga de energia registrada no apagão da semana passada alçou o patamar de 73.584 MW médios. As temperaturas mais amenas na região Sudeste nesta semana reduziram a carga de energia.
Na análise da geração diária, a geração hídrica (somando a geração de Itaipu) foi responsável por 75% do total, as térmicas, 22%, e as eólicas 3% dos total de 71.948 MW médios gerados em 28 de janeiro.
Mesmo com o nível reduzido dos reservatórios, a geração hídrica segue como uma peça fundamental para cobrir a geração de energia do país. Se não houver uma reversão do quadro crítico de armazenamento nos reservatórios do Sudeste e Nordeste até março, será difícil ultrapassar o período seco que se inicia em maio.