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Panorama de destaques do 1º semestre de 2022

Escrito por Comerc Energia | Jul 12, 2022 3:46:13 PM

O setor elétrico vem passando por mudanças importantes dentro e fora do Brasil. Influenciado por tendências mundiais e acontecimentos internos, o mercado de energia brasileiro acaba se tornando complexo para empresas que têm a eletricidade como seu principal insumo.

Para se manterem competitivas, produtivas e sustentáveis, o caminho apontado por especialistas de mercado é analisar o setor elétrico com a intenção de acompanhar as principais notícias para gerar um planejamento energético bem estruturado.

Para isso, o convidamos a analisar as principais notícias dos últimos meses, com destaques do 1º semestre de 2022 que movimentaram o setor elétrico e evidenciaram pautas importantes para o desenvolvimento brasileiro.

Esse momento de repensar os acontecimentos e a dinâmica mundial que se estabeleceu nos últimos meses, auxilia o mercado nacional de energia a se planejar para o próximo semestre e estudar novas perspectivas.

As previsões para os próximos anos apontam para um Brasil com um consumo de energia crescente, geração solar e eólica em destaque e a descentralização energética ganhando força, além de um maior investimento na descarbonização, com grandes empresas integradas ao ESG.

Pensando nisso, esses e outros assuntos serão os destaques deste artigo. Para este artigo, trouxemos os temas que ganharam destaque no primeiro semestre de 2022, cujo objetivo é facilitar seu acesso às principais informações do setor, auxiliando sua empresa nas melhores escolhas na adesão ao planejamento energético.

 

Setor Elétrico Brasileiro - Alta nos preços

É inevitável falar de energia e não pensar na alta dos preços dos principais recursos energéticos mundiais.

Os primeiros meses do ano foram marcados pela incerteza diante de um mercado mundial instável que enfrentaria mais um evento preocupante, depois de quase dois anos de pandemia.

Guerra Rússia X Ucrânia

A guerra iniciada entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro deste ano, trouxe apreensão entre os líderes globais, que logo presumiram resultados negativos em decorrência do conflito.

Sabemos que a Rússia é um dos maiores produtores e exportadores de petróleo e gás natural, atendendo diversos países, principalmente na Europa. Existem outros índices econômicos que são levados em consideração para mensurar as oscilações de preço, além da oferta russa. Mas é fato que a recuperação da demanda mundial foi afetada pelo cenário de guerra.

O conflito teve impacto direto sobre o mercado de combustíveis, que respondeu negativamente à possibilidade de interrupção das exportações que atendiam a demanda europeia.

A redução da oferta de gás natural por parte da Rússia, desestabilizou os preços negociados no mercado spot e na tentativa de garantir o abastecimento, houve um aumento considerável da procura pelo petróleo e seus derivados.

O resultado das novas negociações dentro desse cenário foi a elevação do preço dos recursos energéticos, que obedeceram ao ritmo da baixa oferta e da redução dos estoques, diante do complexo palco geopolítico.

Por outro lado, a busca por soluções que atendessem a demanda não se limitou somente a recursos não renováveis.

Tivemos crescimento nos investimentos em energias renováveis, que se mostraram um caminho viável para alcançar segurança em meio às crises mundiais.

 

 

O protagonismo das energias renováveis

Se nos momentos difíceis é que nos fortalecemos, o mercado de energia renovável entendeu a mensagem. Mais uma vez, as fontes de energia renovável se mostraram uma solução inteligente e vantajosa para diferentes obstáculos no setor.

O aumento do preço dos combustíveis fósseis e da energia foi mais um estímulo para o uso racional dos recursos. Entramos em um fluxo de ações de sustentabilidade realizadas pela sociedade, que pôde enxergar, principalmente durante a pandemia, o grande impacto que causamos ao ambiente.

Por esse motivo, foi registrado um aumento na atuação de fontes menos agressivas ao meio ambiente, como a energia solar e a eólica, ao redor do mundo.

Hoje, o Brasil tem a energia eólica como a segunda maior fonte de sua matriz energética, ocupando excelente posição no ranking global. Grandes empresários e investidores estão sendo atraídos fortemente pelos bons resultados registrados, tornando a escolha pela fonte muito mais criteriosa.

De acordo com notícias do EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e da ANEEL a energia solar e eólica são altamente competitivas por apresentarem bons preços e ótima potência, o que ajudou na redução de custos de forma geral.

Ultimamente, a atenção está voltada às mudanças climáticas. A geração renovável e ações de eficiência energética se tornaram mandatórias no mundo todo, o que pressiona grandes empresas a apresentarem boas estratégias de governança, que acompanhem a temática ESG (Environment Social Governance) no setor elétrico.

Além da redução dos impactos ambientais que esta tendência traz, as fontes de energia limpa se destacaram positivamente nos leilões de energia, com o aumento do interesse por parte dos investidores e por ser uma boa solução para atender a demanda diante da alta nos preços de outros recursos.

>> Entenda detalhes sobre as estratégias de energia renovável ouvindo a nossa série ESG no Comercast:

Energia Renovável fortalece a jornada ESG

Empresas apostam em Eficiência Energética

A agenda ESG e o reflexo no mercado livre de energia

A importância do ESG para as empresas

 

Mercado Livre e a Transição Energética

 

Com as mudanças estruturais que vêm acontecendo de maneira gradual na matriz de abastecimento do país, o conceito de transição energética ganhou mais espaço nas discussões no começo deste ano.

Fontes de energia menos nocivas, eficiência energética e uso racional dos recursos são atrativos que podemos encontrar em um ambiente de comercialização livre, que atende a demanda de forma mais consciente.

De acordo com o que foi abordado anteriormente, o contexto econômico do país, as questões geopolíticas e a importância da preservação ambiental impulsionaram a migração para o mercado livre e esse movimento fortalece ainda mais as novas configurações do setor.

Com muita dinâmica na geração de energia e mais abertura no mercado livre, o setor elétrico brasileiro se expandiu com o grande aumento no número de consumidores dentro do Ambiente de Comercialização Livre (ACL).

O mercado livre de energia tende a se expandir ainda mais com a abertura para outros tipos de consumidores prevista para os próximos meses, de acordo com a PL 414/2021 que fala sobre a modernização e abertura do mercado de energia.

A previsão mais segura é que haverá uma ampliação do mercado tanto pela migração do regulado para o livre, quanto pelo consumo crescente de energia dentro do ACL.

Além disso, a Aneel deu início à estudos de projetos voltados para a conscientização dos consumidores, sugerindo um incentivo ao mercado de autoprodução de energia.

Vale destacar também, as adaptações realizadas em diversos municípios brasileiros, focados em usar leilões com contratos de longo prazo para atender a demanda da iluminação pública.

>> Para ficar antenado nos principais acontecimentos de 2022, ouça também o nosso episódio 133 do Comercast:


Outros destaques

Além de tudo isso que falamos, vamos deixar aqui novidades que também se destacaram no setor no início do ano e incluem mudanças regulatórias, abertura de negociação e novos critérios dentro do mercado livre.

⚠️ Fique ligado: ⚠️

- A viabilidade de acordos protege as empresas do risco hidrológico e aumenta as possibilidades de negociação dentro do Mercado de Curto Prazo;

- Vem sido discutida a nova Lei do Gás que garante o aumento do mercado para a adesão de mais empresas, atraindo novos investidores;

- Capitalização da Eletrobrás: A B3 abriu lugar para as ações da Eletrobrás, que serão vendidas por R$42,00 e já movimenta o mercado financeiro;

- Marco legal da Geração Distribuída: em fevereiro foram definidas as regras para os consumidores que investem na produção da própria energia, trazendo mais estabilidade e previsibilidade;

- Novos critérios serão adotados para a entrada, manutenção e saída de comercializadores no Mercado Livre de Energia. As mudanças passarão a valer a partir do dia 31 de julho de 2022.

 

Previsões para os próximos meses

Diante das oscilações que atuaram sobre o setor elétrico brasileiro, o mercado livre de energia demonstrou maturidade para se adequar às crises e solucionar divergências entre agentes.

O interesse pelo ambiente livre é crescente por grande parte dos investidores e com a abertura para novos tipos de consumidores, o potencial de rendimento e lucro tende a crescer e ganhar espaço dentro do setor.

Naturalmente, o uso de fontes renováveis também cresce, considerando que o ACL traz outras alternativas de contratação, de acordo com o perfil de consumo da empresa interessada.

O sistema elétrico brasileiro passou recentemente por uma grave crise hídrica, que afetou o rendimento das bacias hidrelétricas que abastecem o país. Felizmente, o período de chuvas, que se fortaleceu desde outubro do ano passado, melhorou o nível dos reservatórios.

Este novo cenário tranquiliza os agentes do setor para o andamento da geração de energia em 2022 que garante o abastecimento por um valor equivalente à boa oferta do recurso.

Outro tema que vem ganhando voz este ano é o Programa Nacional do Hidrogênio. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve desenvolver nos próximos meses o plano de trabalho com as estratégias e diretrizes para abrir oficialmente o mercado para investidores.

Novas regras irão regulamentar o mercado de Crédito de Carbono. Publicadas em maio, as diretrizes abrangem a exportação de créditos, unidade de estoque, o papel do gás metano e o registro das ações de redução. Com esse resumão, fica fácil acompanhar as notícias do setor elétrico, não é?

 

Comerc Energia pode colaborar com a sua análise do setor elétrico

A Comerc Energia, uma das maiores comercializadoras do Brasil, é uma forte aliada das grandes indústrias consumidoras de energia na busca pela gestão eficiente na indústria.

Dessa forma, nossos especialistas trabalham com um portfólio amplo para o setor industrial, dando suporte desde a consultoria e gestão de energia, no monitoramento e gerenciamento energético através de ferramentas e soluções, até a implementação de projetos de grande porte, voltados à eficiência energética e à produção de energia e utilidades.

Nós acreditamos que quanto mais informação, melhor a atuação dos seus investimentos e, por isso, trazemos conteúdos de qualidade para você ficar por dentro de tudo que acontece e criar seu planejamento energético da melhor forma possível!

Inclusive, visando uma consultoria eficiente, nossa equipe está pronta para te orientar no melhor e mais econômico caminho.

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