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Período chuvoso é marcado por baixo nível nos reservatórios

Submercado Nordeste apresenta apenas 22% de sua capacidade

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Submercado Nordeste apresenta apenas 22% de sua capacidade

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), o nível dos reservatórios em abril de 2017 está menor do que os valores verificados no mesmo mês de 2016 em todos os submercados, com exceção do Norte.

Nível dos Reservatórios

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  • No submercado Sudeste/Centro-Oeste, o armazenamento está em 42% do valor máximo, sendo o quarto pior abril do histórico dos últimos dezessete anos.
  • No Nordeste, a situação é ainda mais crítica, os reservatórios estão terminando o período de chuvas (período úmido) com o pior nível já verificado desde 2000, apenas 22% de sua capacidade.
  • No Norte, o nível do reservatório em abril está fechando em 66% de sua capacidade, segundo pior acumulado verificado no histórico, ficando atrás apenas de 2016 em que o armazenamento foi de 64% do valor máximo.
  • No submercado Sul, o nível dos reservatórios está em 40% da capacidade, frente à 89% do valor máximo em 2016, ou seja, os reservatórios estão terminando o período úmido com 9782 MW/mês a menos de armazenamento do que no ano passado.

Energia Natural Afluente

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A situação dos reservatórios no final do período de chuvas de 2017, deve-se às condições de afluências menos favoráveis principalmente nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste. A influência do fenômeno La Niña de intensidade fraca seguido de um período de neutralidade, reduziu as precipitações nestes três submercados e favoreceu as chuvas no Norte neste período. Este cenário, é facilmente observado quando comparamos a Energia Natural Afluente (ENA) verificada dos meses de dezembro a abril dos três últimos períodos chuvosos (2015, 2016 e 2017).

A ENA verificada do Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste está menor em 2017 do que as afluências observadas de 2016, enquanto que a ENA do Norte está maior. Isso porque em 2016, o enfraquecimento do El Niño a partir de meados de janeiro permitiu a entrada de frentes frias no Brasil até a região Sudeste, ocasionando chuvas nas bacias do Paranaíba, Grande, na região sul da bacia do rio São Francisco e tempo seco no submercado Norte.

Com relação a 2015, a formação de um bloqueio atmosférico em cima da região Sudeste ocasionado pelo início do El Niño, fez com que as frentes frias estacionassem no Sul, o que causou seca no Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte de janeiro a março e chuvas acima da média no Sul em todo o período úmido.

Segundo Anderlan Siqueira, meteorologista da Comerc Energia: “Para o período seco que inicia agora, a partir de maio, as perspectivas são de chuvas dentro do esperado para o  submercado Sul e, pouca chuva nos outros submercados, cenário previsto em época de neutralidade do oceano Pacífico. Apesar de o prognóstico climático mostrar o possível início do El Niño em junho, seus efeitos poderão ser sentidos apenas a partir de setembro. ”

 

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