As vazões subiram em julho no Sudeste e Sul e o PLD do Sudeste atingiu o menor valor de 2015 na primeira semana de agosto. A redução começou em junho.
Observa-se um padrão de ‘vales’ no PLD desde 2012: alguns meses do período seco apresentam redução drástica do PLD e, nos meses seguintes, ele se eleva novamente.
Em 2012, o ‘vale’ do PLD para o Sudeste foi observado em julho, com 91/MWh. Em 2013 e 2014, os ‘vales foram registrados em junho com 121/MWh e 413/MWh, respectivamente. Em 2015, o ‘vale’ está ocorrendo em agosto .
Uma observação no gráfico acima: em 2015, o valor do PLD caiu praticamente pela metade no início do ano devido à redução do valor teto, como veiculado no Panorama Comerc.
A redução do PLD semanal também está relacionada a outro fator que começa a ser observado a partir de 2015: a redução da carga. Em janeiro, a carga bateu 69 GW médios em função da temperatura elevada. Em junho, terminou próxima a 60 GW médios, uma diferença relevante. Nesse mesmo período, o armazenamento aumentou, atingindo a capacidade máxima de 2015 para o SIN.
Abaixo, o gráfico com o comparativo da carga e nível dos reservatórios:
O pico da carga de energia ocorreu em fevereiro de 2014 com 69.870 MW médios. Neste mesmo mês, o nível dos reservatórios do SIN estava com 39% da capacidade máxima. Para efeito comparativo, dois anos antes, no mesmo período, os reservatórios tinham 78% da capacidade máxima e uma carga de 61.853 MW médios.
Em 2015, a carga iniciou elevada e começou a reduzir sequencialmente nos meses posteriores até atingir cerca de 60.000 MW médios em junho.
A redução decorre da queda da atividade industrial, principalmente no Sudeste, e da menor necessidade de refrigeração em função das temperaturas mais amenas do Inverno.
Em função disso, o ONS antecipou em um mês a revisão da carga, conforme mostra o gráfico abaixo:
A linha vermelha seria constante se a tracejada em verde ocorresse – indício de um país em crescimento e expansão industrial.
A 2ª Revisão Quadrimestral da Carga prevê que o ano de 2015 termine com carga 1,8% inferior à registrado em 2014.
A situação é de estabilidade nos reservatórios, porém segue a dependência das chuvas no período úmido para o atendimento da carga de energia.