O mês de setembro teve motivos de sobra para comemoração no setor de alimentos. Segundo o índice Comerc, que apura o consumo de energia nos 11 principais mercados brasileiros, o segmento registrou a maior alta desde abril de 2018, reflexo de um mês com números positivos de vendas em hipermercados e supermercados e destaque para o varejo alimentício especializado, que comporta chocolates e bebidas, por exemplo1.
“Em setembro, também se lançou uma estimativa de safra recorde no Brasil, que deverá atingir 290,7 milhões de toneladas em 2019. Embalado por todas essas boas novas, o setor consumiu 5,06% mais energia que em setembro de 2018, o que pode se refletir como a busca de incrementar a produção”, explica Marcelo Ávila, vice-presidente da Comerc Energia.
De modo geral, a alta expressiva ainda é uma exceção à regra no setor, já que os resultados oscilaram entre a estagnação e crescimentos pouco superiores a 1,5% nos demais meses de 2019.
* Crescimento real do setor, desconsiderando os dias de paralisação da greve dos caminhoneiros
No entanto, as boas notícias terminam aí. Se avaliado o consumo de energia acumulado em 2019, o cenário dos alimentos é de estagnação (0,69%), inferior até mesmo ao consolidado dos 11 mercados apurados pelo Índice Comerc, que se encontra em 1,26% até setembro.
Uma no cravo e outra na ferradura
O setor de veículos e autopeças continua sua sina de altos e baixos. Entre junho e setembro, registrou alternância entre crescimento e queda no consumo. O reflexo disso é um acumulado de crescimento mínimo no consumo (0,58%) no decorrer de 2019.
Setembro em alta
Após três quedas consecutivas no consolidado mensal, setembro voltou a registrar crescimento (2,22%) no consumo de energia, impactado pelos já mencionados setores de veículos e alimentos, além de embalagens, que vem tendo um 2019 “invicto”, sem nenhum resultado negativo.