Os reajustes das tarifas de energia elétrica em 2018 poderão ter aumento médio de 12%, de acordo com estudo da Comerc Energia. A possível alta deve ser influenciada, principalmente, pelo risco hidrológico assumido pelas usinas hidrelétricas, que pode encarecer o custo da energia. Os eventuais aumentos devem afetar os consumidores cativos, que arcam com as tarifas cobradas pelas distribuidoras. É importante ressaltar que esse percentual de aumento pode ser ainda maior, dependendo do volume de chuvas de 2018. Se for baixo, deve prejudicar mais o nível dos reservatórios.
Outro fator de influência é o comportamento do consumo de energia no ano que vem, que deve depender do ritmo da atividade econômica no país. Se houver aceleração, aumenta a demanda por energia, o que pode elevar o custo de geração, se for necessário acionar térmicas, por exemplo.
Outro ponto relevante é a possibilidade de descotização da energia das usinas que renovaram a concessão nos moldes da Lei 12.783/2013, proposta na Consulta Pública nº 33/2017, do MME, ainda sem data prevista para ser implantada, pois depende de Medida Provisória ou Projeto de Lei.
Histórico de oscilações
A tendência de altas nas tarifas vem ocorrendo desde 2013. Uma análise da Comerc Energia revela reajustes superiores à inflação desde 2014, considerando as dez maiores distribuidoras do País por montante de energia. Em 2012, houve uma redução de 20% na maioria das tarifas, por determinação da Medida Provisória 579. No entanto, a situação de oferta de energia não era favorável à época, o que originou custos adicionais de geração, que acabaram sendo cobrados em reajustes futuros.
Em meados de 2013, as tarifas voltaram a ter altas acentuadas, até 2015. Confira: