Fonte: ONS
A última semana de janeiro mostrou que a expectativa inicial de vazão, prevista no final de dezembro, foi muito otimista nos submercados Sudeste e Nordeste. Previa-se 90% da MLT para a região Sudeste. O observado, no entanto, foi de 39% da MLT até o dia 28 de janeiro. Para a região Nordeste foram previstos inicialmente 8.858 MW médios, o dobro do efetivamente verificado: 4.075 MW médios.
Janeiro é considerado um mês com boas afluências no Sudeste. A média histórica é de 56.416 MW médios. No entanto, até o momento, alcançou somente 22.230 MW médios ou 39% da média histórica. O inverso ocorreu no Sul. A previsão inicial para a região era de 9.411 MW médios. Porém, chegamos ao final de janeiro com 27.440 MW médios observados.
A ausência de vazões acima da média histórica para o Sudeste e o Nordeste (maior do que 100% da MLT) manterá o CMO (Custo Marginal de Operação) – que é calculado no modelo de precificação do ONS, gerando o PLD – em um patamar elevado e acima do PLD máximo de 2015, em vigor pela Aneel, de R$388,48/MWh.
Na última semana, o CMO estava em R$1.402,96/MWh para as regiões SE/CO e S e R$823,65/MWh nas regiões NE e N. As térmicas despachadas pela ordem de mérito, a partir da publicação do CMO, têm um custo variável unitário (CVU) superior ao PLD máximo (R$388,48/MWh) e por isso serão ressarcidas via encargo pelos agentes de consumo do SIN.
O efeito esperado é que a redução do PLD máximo em 2015 e a expectativa de continuidade do despacho de usinas termelétricas aumentem o valor do Encargo de Serviços do Sistema (ESS) por Segurança Energética, uma vez que a parcela do custo de geração das usinas termelétricas, não remunerada pelo PLD, será ressarcida via ESS.